Imagens, Cores & Pensamentos

terça-feira, 6 de julho de 2010

“Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender o que foi ensinado pelo tempo a fora.
Lembraria dos erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
O de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída”.


Mahatma Gandhi.

Eu, ser humano do sexo feminino, residente e domiciliada no Planeta Terra, portadora de inúmeros números que me identificam em inúmeros órgãos, com uma nacionalidade qualquer, declaro que: Já alcancei a idade da compreensão de que a vida é muito curta para ficar perdendo meu tempo tentando consertar o mundo, viver a vida dos outros e tentar transformar as pessoas naquilo que eu espero delas. Guardar coisas que só são importantes para mim achando que as gerações posteriores vão dar a elas o mesmo valor. Tenho defeitos suficientes para me entreter pelo resto da vida uma vez que não sou eu quem determina o seu final e pretendo me focalizar neles. Inteligência suficiente para aprender qualquer coisa que outro ser de boa vontade queira me ensinar ou que eu me proponha a entender por conta própria e podem ter certeza de que se precisar não terei problemas em perguntar. Sou mãe de três filhos e avó de três netos por enquanto... Já criei os filhos e não tenho nenhuma obrigação de criar os netos, pois os pais são vivos e capazes. Porém observando meus netos, imitando o seu pai em tudo o que faz percebo o quanto é importante que ele (o pai) tenha consciência do que está fazendo para não se queixar depois. Quanto aos filhos, são todos maiores de idade, emancipados e donos de seus narizes e tudo que eu podia passar para eles ao longo de vinte longos anos eu passei, repassei trepassei... Agora estou cansada, mas tenho certeza que todos são capazes de se virar sozinhos e sobreviver pelo tempo que lhes for concedido. Também eles têm defeitos suficientes para lhes ocupar pelo resto de suas vidas e inteligência suficiente para reconhecê-los e se for o caso supera-los. Venho tentando sobreviver neste planeta consumista já algum tempo e entendi que daqui só se leva o que pode ser guardado na mente e no coração, então me queiram bem como sou, pois a recíproca será verdadeira e, se assim não o for, por gentileza poupem-me de ser grosseira.
Graça Menna

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Esperança
Mário Quintana
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano Vive uma louca chamada Eperança E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas Todos os reco-recos tocarem Atira-se E— ó delicioso vôo! Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada, Outra vez criança... E em torno dela indagará o povo: — Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes? E ela lhes dirá(É preciso dizer-lhes tudo de novo) Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam: — O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.