Imagens, Cores & Pensamentos

Escritos sobre amigos

"Eu me julgava rico de uma flor sem igual e é apenas uma rosa comum que possuo. Uma rosa, três vulcões que me dão pelo joelho, um dos quais extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito grande...E deitado na relva ele chorou." (Pequeno Príncipe)

TEOREMA

Em minhas sessões de terapia Azenilde me pediu para descrever as pessoas de quem eu sempre falava, Bete, Wanderley...Coisa que para mim foi questão de cinco minutos e um pouco de poesia.

Mas aí, ela me pediu o impossível, descrever David.

Descrever David é como pedir para alguém como eu, calcular a área de um triângulo cujos vértices são pontos associados aos números complexos: -3+2i:6+2ie6i.

Aquele que conseguir, por favor , me mande um email.

David é um menino? Um homem?

Ele tem a idade da descoberta, do sonho e um espírito de muitas eras. Seus olhos tem a cor da inocência, mas seu olhar muitas vezes como lava quente derrete tudo que por ele é tocado. Não é alto, mas também não é baixo, é do tamanho certo para um abraço. Sua temperatura é como de um ninho e suas mãos não negam um afago, um gesto de carinho.É capaz de chorar como um bebê faminto e aconselhar como mais velho dos anciãos.Traz a tona sentimentos ambíguos como juventude e velhice, maturidade e inconsequência, razão e emoção. Sempre pronto a ajudar quem quer que seja, não me lembro de te-lo visto desanimar alguém. Não chamou minha atenção por sua aparência, mas por sua constância, sua persistência.Não me lembro exatamente quando o vi pela primeira vez. Só me lembro que foi na biblioteca, onde estudava regularmente só ou com seus colegas tentando mostra-los quão fácil era entender Pitágoras, Newton ou sei lá quem, e como se calava diante de Mário Quintana ou Carlos Drummond de Andrade. As vezes trocávamos olhares, um ou dois dedos de prosa e quando percebi, já fazia parte de mim. Parafraseando o Pequeno Príncipe, não era ele para mim senão um garoto igual a cem mil outros garotos. eu não tinha necessidade dele, nem ele de mim, pois não passava, a seus olhos, de uma bibliotecária igual a cem mil outras. Então me cativou, e temos necessidade um do outro, nos tornamos únicos um para o outro. Criamos laços, coisa muito esquecida em um mundo tão individualista. Não nos vemos mais, pois mudou-se daqui deixando sua presença impregnada nas paredes. As vezes nos encontramos online(Bendita Tecnologia!)e podemos trocar dois dedos de prosa para não perder o habito e se existe para mim, uma eternidade, levarei David comigo.

Graça Menna


"Para cada esforço disciplinado
há uma retribuição múltipla."

Jim Rohn

        Hoje, sentada em frente ao computador, montando meu Blog, organizando a minha mini fazenda, lembro da primeira vez que me sentei na frente desta máquina infernal...Me senti completamente impotente. Acostumada com uma máquina de escrever que nem elétrica era, imaginem! Durante muito tempo, eu não conseguia gostar da tal máquina que travava sempre na hora que eu mais precisava dela. Um dia, conheci um informático com uma voz linda que me disse:



                      -  Graça Maria, para aprender, é preciso mexer!

                      -  Nossa e se eu apagar alguma coisa importante?


                      - Ele vai te perguntar tantas vezes se é isso mesmo que você quer fazer, que vai acabar desistindo.


                        -  Então tá né!


        Foi assim que comecei usar o computador para informatizar uma biblioteca. Depois veio outra, mais outra e se hoje eu ouso montar uma rede de computadores na biblioteca em que trabalho, é porque um dia, alguém muito especial me disse que eu era capaz.
        Amore mio! Assim eu o chamava todas as vezes que precisei de sua ajuda para resolver meus pepinos informáticos. E ele com toda paciência que lhe é peculiar, vinha ao meu socorro e me ensinava algo novo. Assim fui me tornando cada vez mais audaciosa no que diz respeito a computadores que hoje em dia arrisco até a dar palpites. Quanto ao Amore Mio, mudou de trabalho, casou-se com uma professora e deixou o endereço, mas ainda não tive oportunidade de ir visitá-los. Por isso decidi agradece-lo através do meu Blog.


        - Valeu Sidney! Cada vez que consigo fazer algo novo na maquininha infernal, me lembro de você! Mande beijos pra Thaís e me aguarde, de repente eu apareço!

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