Imagens, Cores & Pensamentos

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Para pensar!


Os fios da nossa vida - Sonia Weil (Texto publicado no Somos Todos Um)


"Toda vez que amamos uma pessoa lançamos, por assim dizer, um fio de nossa energia sobre ela, o que cria uma conexão viva entre os dois campos vibratórios, mesmo à distância. Dessa forma, sentimos quando ela não está bem ou quando pensa em nós intensamente.

Projetamos esse fio de conexão também sobre os amigos, as pessoas que gostamos, os projetos que temos; toda vez que nos identificamos com alguém e alguma coisa, lançamos nela uma parte de nossa energia, criando o vínculo.

Da mesma forma, quando odiamos alguém ou temos medo de algo, também nos ligamos energeticamente, mesmo sem querer. Quantas vezes ouvimos falar de pessoas que durante anos e anos ficaram presas entre si pelo ódio, sempre realimentado, sem conseguir seguir adiante na sua vida...

As situações mal resolvidas no passado formam muitas vezes uma rede de fios que carregamos nas costas (à imagem dos cães que arrastam na neve os trenós nos países gelados ) – continuamos arrastando as lembranças e culpas pela vida afora - e empenhando tanta energia nisso que pouco sobra para estarmos disponíveis para o presente. Ficamos, literalmente, amarrados ao passado.

Vivemos, assim, em meio a uma rede de fios que nos liga às pessoas, situações, ideais, medos, lembranças e esperanças.
Esse vínculo pode ser muito prazeiroso em certas situações, como quando amamos; mas quando o contato termina, muitas vezes sentimos que uma parte de nós ficou com o outro. Embora estejamos nos referindo aos sonhos e expectativas, isso ocorre realmente em termos energéticos.

É necessário puxar o fio de volta, resgatar a energia que ficou projetada sobre o outro, e Integrá-la novamente em si mesmo. Voltar a estar inteiro.

O perdão é uma forma de fazer isso. Ao perdoar o outro, abrimos mão de toda expectativa lançada sobre ele e com isso trazemos de volta toda a nossa energia que com ele estava – seja sob a forma de amor, mágoa, raiva ou desejo de vingança. Ao liberar o outro, nos libertamos também.

Da mesma forma, ao resolvermos internamente alguma situação do passado - aceitando as coisas da forma como aconteceram, mesmo que não tenha sido da maneira como esperávamos - recebemos de volta a energia lá investida e que até aí estava paralisada.

Ao fazer isso, fecha-se a brecha, e nos tornamos mais completos novamente. O que o outro faz não nos afeta mais. O que aconteceu é passado. Nos tornamos mais atentos ao presente. E, principalmente, mais disponíveis para a vida."

quarta-feira, 11 de maio de 2011


"Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez.
Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula.
Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer.
Poucas semanas depois descobri, aliviado, que ela ainda estava lá, pronta para me defender, não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.
Quando fiz 14 anos eu a matei novamente.
Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis.
Mas logo no primeiro porre eu felizmente a redescobri, viva.
Foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra do meu pai.
Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente.
Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política
estudantil, atividades em que a presença materna não caberia em nenhuma hipótese.
Ledo engano.
Quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir, voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.
Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, porém requereria muita lentidão ...
Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e seguí viagem.
Mas, bastou nascer a primeira filha para descobrir que o
"bicho mãe" se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado avó.
Apesar de tudo, continuei acreditando na tese de que a morte seria bem demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo mesmo que, a intervalos regulares, ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos.
Papéis que somente ela poderia protagonizar ...
Mas o final dessa estória, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu ...
Quando menos esperava, ela decidiu morrer.
Assim, sem mais nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida, minha tese da morte bem demorada ruiu.
Ela simplesmente se foi, deixando a lição que "mães" não são para sempre.
Ao contrário do que sempre imaginei, são elas quem decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade ...
Não sei se a vida é curta ou longa demais para nós mas descobri que devemos amar as pessoas enquanto elas estão por aquí.
É por isso que temos que amá-la - sempre.
Nunca saberemos quando ela vai querer partir ...
O vazio que fica, nunca conseguiremos preencher.
Para quem ainda a tem ao seu lado, Ame-a ...
Não espere ela partir para lhe dar AMOR.
Um dia você vai descobrir que - talvez - a pessoa que mais lhe amou na vida, foi ELA !
E, para quem já não a tem mais ao seu lado,feche os olhos e faça uma prece, agradeça a Deus pela vida que teve ao lado dela.
Ficou algo pendente ?
Alguma culpa ?
Conte tudo a DEUS e, peça a Ele que te perdoe.
Guarde suas lembrança no mais precioso dos baús.
Onde ela estiver, Deus lhe dará o recado ... "

Luz e Paz !!!

Desconheço o autor